Conhecendo o Manicômio Celeste, parte 1

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014
Falando um pouquinho mais do Manicômio Celeste, esse pedacinho de inferno que tem se tornado meu segundo lar.
Como muitos dos meus leitores sabem, essa história surgiu na Liga dos Betas do Nyah. Fizemos um projeto de leitura de fics do pessoal que comentasse o trabalho uns dos outros, para estimular os feedbacks. Decidi escrever um yuri, ou melhor, shoujo ai (histórias de amor entre garotas, sem conteúdo explícito na relação delas). Ali, pude expor um pouco sobre preconceito, machismo, cultura do estupro, dominação, amor, doação, feridas e curas. Com esses temas, se tornou um trabalho um pouco pesado, não só no conteúdo, mas exaustivo para mim, emocionalmente. Quem me conhece bem sabe como escrever assim me desgasta, a ponto de ficar dias sem energias, físicas e emocionais.
Confesso que a reação dos leitores foi bem melhor do que eu esperava, e algumas pessoas me pediam uma continuação, queriam saber como a protagonista sobreviveria, queriam ver certos sujeitos terem uma morte agonizante, etc.
Quando escrevi o prólogo de natal, que poucos leram por não estar mais associado ao projeto de leitura da Liga dos Betas, alguns ficaram ainda mais ansiosos para saber o desfecho. Afinal, o prólogo era mais uma espécie de interlúdio. Uma situação em lugar-algum, que não levava a nada, afinal, mas que aumentava a expectativa por uma conclusão.
Então, depois de muito tempo, decidi dar a esses leitores o que eu neguei por muito tempo: uma viagem mais aprofundada pelo Manicômio. Visitei as celas, encarei a dor das garotas olhando-as nos olhos sem brilho, segui os carrascos até descobrir seus segredos mais profanos e investiguei as origens deste lugar que, de repente, descobri ser muito real, dentro de mim.
Faz parte de meus medos, anseios, desejos, alma. Explorar o manicômio foi explorar um pouco de mim. E em breve vocês poderão fazer o mesmo.
Em breve falarei um pouquinho sobre as novas (e antigas) personagens desse universo.
#savethegirls

Take my hand and save me

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